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domingo, 22 de junho de 2014

Nirvana de um Domingo de Manhã


A Father and his Daughter in 2000

Desde que me conheço por gente, me entendo como alguém ansioso. Sempre imaginando o pior, mesmo que no fundo haja uma voz dizendo que isso é besteira e que no final tudo se ajeita. 

Em uma dessas minhas sessões de auto-pisicanálise, constatei algo óbvio mas nunca pensado por mim antes: a ansiedade nasceu não do meu medo de que as coisas dessem errado, mas do receio de que expectativas sejam depositadas em mim. 

E vem sendo assim desde tanto tempo atrás que nem me lembro quando isso começou, acho que foi no início da pré-adolescência, uma fase escrota diga-se de passagem, em que a opinião alheia iniciou seu legado sobre mim.  

Então agora, nessa manhã de domingo admito que talvez isso não tenha sido tão ruim, afinal, esqueço de quantas maravilhas venho vivendo.

Do quanto aprendo;
Do quanto me abro;
Do quanto me conheço;

Tranquilidade nunca foi meu forte, mas quando ela chega, faço questão de que ela se sente bem longe da porta de saída. 



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Quando você percebe que é um nada no meio desse mundão...

...porque existem pessoas com ideias melhores, propostas melhores, mais determinadas e menos preguiçosas. Apresento-lhes Martin Vlach:

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untitled on Flickr.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Alison Scarpulla

Há algum tempo venho conhecendo o trabalho de Alison Scarpulla que, incrivelmente não revela seu lugar de origem em nenhuma rede social, vem me cativando cada vez mais com sua sensibilidade e psicodelismo, movimento pelo qual tenho uma certa queda, essa "sobreposição de câmera analógica" (que é considerada um defeito mas virou moda) me conquista fácil. Então hoje vim trazer o um pouco do trabalho dessa moça misteriosa pra mostrar aqui. Espero que curtam (:

By Alison Scarpulla

(by alison scarpulla)

"Some things will always remain a mystery at this level of consciousness, and it is right that they should. So do not try to solve all the mysteries. Give the universe a chance. It will unfold itself in due course. Enjoy the experience of becoming."
Photograph By Alison Scarpulla







I was entering into another dimension of existence. ‘I’ was not. Everything was totally dissolved into a flow of matter continuously moving. No time, no space. A feeling of color, but indescribable. Feeling of movement mainly. Awareness that I, the others, are only collections of clusters of molecules, which are all part of the same stream.
— Timothy Leary
Photo By Alison Scarpulla



“Look underfoot. You are always nearer to the true sources of your power than you think. The lure of the distant and the difficult is deceptive. The great opportunity is where you are. Don't despise your own place and hour. Every place is the center of the world.” 


Mais em Facebook Flickr

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Shine a Li-li, Shine a Light


Enfim montei uma playlist do que tenho escutado ultimamente, tentei colocar só músicas mais novas mais quando vi já tinha escolhido Pink Floyd e Eddie Vedder. Acabou ficando bem indie mesmo, da próxima vez vou colocar músicas só nacionais pra compensar essa lista. Quem quiser conhecer o trabalho incrível da arte acima vou deixar o link do Facebook dele. Beijos!

                   #1 by Amanda Carrara Marcelino on Grooveshark


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Arrependimentos e o Gato de Schrödinger


Há algumas semanas, na minha turma de teatro, temos feito uma brincadeira para "estreitar" nossos laços de amizade que se chama Berlinda. É como se fosse um jogo da verdade, fazemos uma meia-lua e alguém fica no meio respondendo a pergunta de cada um e, claro, não vale mentir, não responder e tudo, tudo mesmo falado lá dentro, fica lá dentro. Uma das perguntas mais feitas entre nós é a querida "você se arrepende de alguma coisa na sua vida?"

Ainda não fui pra Berlinda.

Estava pensando no que responderia se me fizessem tal pergunta. Minha vida passou diante de mim e dei de cara com mil e uma coisas que gostaria de não ter feito, desde as menores como ter comido aquele hambúrguer antes de dormir, até das maiores, como ter me aproximado de pessoas que "me fizeram mal". 

Junto a todo esse meu flashback criei algumas possibilidades dentro dos meus "arrependimentos"e me toquei de uma coisa: não somos as mesmas pessoas de hoje de manhã. 

E se tivesse escolhido chá verde ao invés de café ontem? E se não tivesse atravessado a rua pra fugir do sol? Se não tivesse conversado com meus amigos durante o dia? Se não tivesse quase zerado minha última prova de matemática? Se não tivesse tomado um remédio? E se não tivesse feito as tais amizades que me fizeram mal?

Antes de chegar a minha conclusão criei, meio que sem querer, mundos paralelos imaginários onde eu seria eu mas ainda sem ser eu.

WTF Amanda??

Confuso né? É, tudo está embasado na física quântica, no princípio da incerteza de Scrödinger, onde as partículas se alteram diante de qualquer ação voluntária ou não (um gato colocado em uma caixa com pólvora pode explodir e morrer ou não), o que dá abertura para a possibilidade de inúmeras e incontáveis dimensões paralelas à nossa. 

                                              Schrodinger's cat | Science Fun

Talvez, em um mundo paralelo onde eu não tivesse, por exemplo, me aproximado de "pessoas que me fizeram mal", nunca aprenderia o verdadeiro valor de uma amizade, blé. Tudo bem, não foi a melhor maneira de aprender uma lição mas foi a minha maneira e gosto dos benefícios que ela me trouxe hoje.

Se pudesse voltar no passado e desfazer uma ação, não seria eu. Se arrepender é algo inútil, não faz sentido porque até onde sei, a vida é pra isso mesmo, errar, errar, se ferrar, se ferrar mais um pouquinho e quem sabe, aprender, servir de exemplo e o que me espanta é ver como todo mundo sempre diz "ah, se arrependimento matasse". 

Tudo bem, estou dando exemplos bobos de coisas que aparentemente eram ruins mas deram certo no final e admito, existem erros irreparáveis que carregamos até a morte mas isso não vem em conta agora.

Ninguém sabe se a teoria da Incerteza pode ser comprovada cientificamente.
Ninguém sabe o que seria de nós sem nossos erros.
Ninguém realmente sabe o que seria de nós sem os tão amados arrependimentos.

Então pronto, taí um texto que não faz sentido e não vai melhorar a vida de ninguém e só vai te fazer ter um belo de um devaneio sobre a humanidade (ou não, né?).

Para entender a questão do gato aqui vai um vídeo de 2 minutos, do tamanho da paciência que eu tenho pra física mas, por incrível que pareça, não pra esse assunto. Beijos!

sábado, 14 de setembro de 2013

Minha Decepção com Bling Ring



Antes de escrever sobre esse filme tenho que esclarecer duas coisas a vocês:

1- Antes de assisti-lo estava prestes a ver um outro filme chamado "No" sobre a ditadura de Augusto Pinochet no Chile, pra quem não sabe ele foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e essa semana, dia 11 de setembro além de fazer aniversário de 12 anos do atentado das torres gêmeas, completaram-se 40 anos que a ditadura de Pinochet foi abaixo e achei que seria legal falar disso no blog. Estava toda alegre e numa vibe historiadora até que quando coloquei o filme ele estava sem legenda e com o áudio atrasado, resumindo: não estava afim de ver um filme "fútil", ou nem tanto quanto parece, como Bling Ring;

2- Não sou a melhor pessoa pra falar de filmes pois sempre me deixo levar pelas minhas emoções, mas vamos lá:

Bling Ring conta a história real de uma gangue de adolescentes de Los Angeles que roubavam às casas de  celebridades. Eles verificavam no Google onde o dono estaria na noite e onde era sua locação, entre eles estavam Lindsey Lohan e Paris Hilton. Tudo começou quando Marc, um garoto que não se achava tão bonito e era um tanto quanto "excluído", ingressou na mesma escola que Rebecca, uma garota que tinha como principal ídolo Lindsey Lohan e era apaixonada por moda e o mundo luxuoso estilo Beverlly Hills, esta se torna a "melhor amiga" de Marc e logo no primeiro dia já rouba um carro e dá uma festa em sua casa. 
Marc não consegue ser ele mesmo e acaba se apaixonando por Rebecca e cedendo a todos os seus pedidos e o que começou com uma bolsa Birkin acaba virando malas e malas de roupas e acessórios depois que Chloe , Nicki e Sam entram para a guangue. Eles se tornam cobiçados em meio a festas, muita bebida, cocaína, maconha e roupas da Chanel.


Ema Watson foi tom do filme, sem querer puxar saco mas já puxando


Uma das minhas cenas preferidas (e ela nem tem música)

Sofia Coppola as meninas da gangue

Eis que já sabem que não estava tãao animada para assistir a esse filme em verdade vos digo que ele me decepcionou. Por que?
 A personagem principal deixou de ser a chefe da gangue, Rebecca, para ser Nicki, a personagem de Emma Watson, porque, não sei se por ela ser assim na vida real ou má atuação, ela era sem graça, quase não falava, só agia.

Estava esperando por mais ação, mais festas dentro das casas, mais crimes hahaha mas o trailer me fez sentir mais animada que o próprio filme.

Os personagens me deram nojo porque tudo que eles sabiam fazer era roubar, fumar e chamar a si mesmos de vadia, putinha e covarde. De humano, só encontrei Marc, ah, coitado do Marc! Isso só me fez ter mais repulsa a certos valores norte-americanos porque como é citado, eles adoram o estilo "Bonnie & Clyde" e até criaram uma página de fãs do Marc no Facebook tudo por ele ter assaltado a casas de celebridades! WTF??

Por outro lado, me apaixonei pela trilha sonora que é recheada de eletrônica e hip hop e se encaixou perfeitamente em todas as cenas entre elas estão "Crown on the Ground" do Sleigh Bells e "Drop it Low" do Chris Brown e da Ester Dean. Além disso as atuações estavam magníficas, só não entendi muito bem a Rebecca como já expliquei.


Foto dos reais personagens

Vale a pena ver o filme, Sofia Coppola soube o que fez com essa história real e o filme é sim bom, assista.Aqui em baixo colocarei o trailer e a trilha sonora, espero que gostem!